Casamento

Raíssa e Madeiro

Quem diz que todo casamento é igual precisa urgentemente corrigir as lentes pelas quais enxerga a vida. Se você souber olhar, há sempre algo novo a ser descoberto. No casamento em questão, você saberia disso mesmo de olhos fechados. Conheci a Raíssa e o Madeiro mais ou menos na mesma época mas em contextos bem diferentes. "Você vai ser o fotógrafo do meu casamento e eu nem tenho namorado" ela me disse depois de celebrar a união de uma querida amiga. Madeiro eu conheci na Ascom da Ufal, quando a gente tentava montar uma rádio universitária. Gostei dos dois de cara. Sempre tive bom gosto pra pessoas. Quantas voltas no mundo são precisas pra que dois mundos se esbarrem. Não sei dizer, mas em algum momento eu soube que eles estavam juntos e essa notícia me deixou feliz. Eu poderia escrever muitas coisas sobre a noite do dia 13 de abril de 2024, mas isso aqui é uma rede social de fotos (ainda é?) então eu vou tentar segurar a onda. Mas eu não posso deixar de dizer que o Madeiro foi, de longe, o noivo mais hiperativo que eu já fotografei. Que dificuldade fazer esse homem olhar pra câmera por um segundo apenas. Seus olhos estão em constante passeio pelo mundo. Talvez seja a sina do grande jornalista que é. Mas esses olhos por de trás do vidro descansam na Raíssa. E por mais de uma vez eu me emocionei por esse olhar de quem contempla um grande presente que recebeu. E eu também vejo o quanto a Raíssa se encontra nesse lugar. Pra quem é a voz estrondosa da própria natureza, deve ser especial ter esse aconchego onde possa serenar. Meus queridos, eu fui feliz demais fotografando vocês. Eu fui feliz demais sendo com vocês. Muito obrigado. Onde há amor é onde eu gosto de estar.